Desde
1945, não se usa em geral acento nas palavras que terminam em vogal <a>, <e> ou <o> e
cuja sílaba tónica é a penúltima (palavras graves/paroxítonas).
É,
assim, alterada a acentuação nos seguintes casos.
pera,
pelo
São
eliminados alguns acentos que serviam
para distinguir palavras que têm pronúncias, significados ou funções
diferentes mas que pela normal aplicação das regras gerais de escrita teriam a
mesma grafia.
A
lista abaixo apresenta os casos que são afetados por esta alteração.
pára (do verbo parar) -> para
pêlo (nome) -> pelo
péla (do verbo pelar), péla (nome) -> pela
pólo (nome) -> polo
pêra (nome), péra (nome) -> pera
boia,
asteroide
É
eliminado o acento no ditongo <oi>
em palavras graves/paroxítonas.
Tal
como já acontecia em palavras como comboio,
dezoito e boina, agora todas as palavras
graves/paroxítonas com aquele ditongo, como asteroide, jiboia, joia
ou paranoico, deixam de se acentuar.
Importa
não esquecer que esta regra apenas se aplica às palavras graves/paroxítonas; as
palavras agudas terminadas em <oi>,
como corrói, destrói, dói ou herói,
continuam a escrever-se com acento gráfico.
veem,
releem
É
eliminado o acento nas formas verbais terminadas em <eem>: creem,
deem, leem, reem
e veem e seus derivados -
isto é, todas as formas que têm como base esses verbos, como descreem, desdeem, reveem
ou releem.
averigue,
obliques
É
eliminado o acento na letra <u>
dos poucos casos de terminações
verbais gue(s), que(s), gui(s) e qui(s) que o tinham, como nos casos de
averigúe -> averigue;
obliqúe -> oblique;
argúi -> argui;
delinqúis -> delinquis.
Importa
ter em conta que formas como a da primeira pessoa do pretérito perfeito do
indicativo do verbo arguir, arguí, tendo como vogal tónica a
letra
<i> - e não <u>, como enuncia a regra
-, mantêm o acento gráfico.
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